sexta-feira, 4 de setembro de 2009

ENTREVISTA DO CHACE PARA A REVISTA INTERVIEW


Nate Archibald, o cara da escola preparatória que é o modelo de todas as coisas físicas comuns na juventude Americana nos dias de hoje, tem um pai terrível mas um legado de família que o deixa tranquilo nas limosines e nos cardigans desenhados em Gossip Girl. Da última vez que vimos Nate, ele estava indo para a Universidade Columbia, mas não antes de ele e Blair terminarem o namoro da festa de formatura e ele ter ido par a Europa como um mochileiro com sua então namorada, Vanessa. O ator que interpreta Nate Archibald, por outro lado, tem um pai extremamente presente, e uma mãe também, que durante essa entrevista estava ajudando seu filho a se mudar do apartamento que ele dividia com seu amigo Ed Westwick para o seu próprimo apartamento de dois quartos no “Financial District” em Manhattan — mas o ator de 24 anos não teve nenhum legado de Hollywood para ajudar a conseguir o papel de galã em uma das séries mais queridas ente os jovens. Em outras palavras, apesar da suas bela aparência, Chace Crawford passou os últimos anos trabalhando muito duro para chegar onde está agora. E esse ano, o ator que é nativo do Texas se recusa a ficar parado e sorrir, pegando dois projetos que ele espera que provem que ele é um ator sério. Nessa primavera ele se juntou ao diretor Joel Schumacher no suspense “Twelve”, no qual ele interpreta um traficante de drogas que tenta descobrir qual foi a causa da morte do seu primo que aconteceu em uma nova rua de comercialização de drogas, chamada Twelve (drogas para tipos que moram no Upper East Side). E depois de muito se falar sobre a substituição de Zac Efron por Crawford no remake de Footloose, ele tem a chance de mostrar um pouco mais de um entusiasmo selvagem- e dança— do que Nate normalmente faz durante suas caminhadas e conversas nas cenas de rua em Gossip Girl. O eterno riquinho Nate Archibald está crescendo devagar, parece, mas Crawford já cresceu. Ele está solteiro, ainda na casa dos 20, e finalmente tem seu próprio lugar entre os solteirões.

Christopher Bollen: eu ouvi falar que você acabou de se mudar do apartamento que dividia com Ed Westwick.
Chace Crawford: É. Minha mãe está aqui, me salvando, me ajudando com as coisas. Ela já tinha feito um pequeno planejamento de mudança, então tudo aconteceu direito.

Bollen: O que causou a mudança?
Crawford: Bom, Eu vou fazer 24 anos em dois dias, então eu acho que já era hora, sabe? Quero dizer, eu estava meio que me cuidando na Califórnia mas sempre morando com colegas de quarto. Então inicialmente Ed e eu nos tornamos colegas de quarto aqui em NY porque nós não sabíamos se a série ia dar certo ou não. Ed nunca tinha morado fora de casa, que dirá em um país diferente. Nós nos demos bem e pensamos que seria um passo inteligente, financeiramente. E realmente, isso também era meio que preguiça.

Bollen: Você e Ed tem estilos de vida diferentes? Algum de vocês era um colega de quarto melhor?
Crawford: Não. Era muito dividido. Às vezes você cai em uma daquelas brigas de irmão. Mas sabe o que? Toda essa história sobre o apartamento ser bagunçado é de gente que nunca colocou o pá dentro do lugar . . . Eu sou um obsessivo-compulsivo sobre limpeza e arrumação das minhas coisas. Mas eu não sou sempre o melhor, então a gente tinha uma faxineira que vinha de duas e duas semanas. O lugar era imaculado, eu tenho que dizer. Tinha seus pontos fracos, mas Ed e eu tocamos bem o barco por um tempo. Nós temos boas memórias.

Bollen: Ed vai ficar no antigo apartamento?
Crawford: Eu não sei. Eu acho que isso está no ar. Ele pode derrubar uma parede, mudar algumas coisas. Contratar um decorador. . . [risadas!]

Bollen: Então não era questão de vocês dois serem lançados pela série em um dormitório de atores?
Crawford: Não, foi muito mais casual do que isso. Muito menos pensado. Eu queria morar em um prédio legal, e ele nem ligava pra isso. E eu também não queria pagar um braço e uma perna de aluguel. Eles te dão tipo, $7,000 de taxa de recolocação, o que funciona se você é um colega de quarto que trabalha no Friday Night Lights em Austin, no Texas, mas em NY você tem que lidar com uma taxa para o corretor de $7,000. E custa mais que o dobro disso para mudar e arrumar tudo. A namorada do Ed estava na cidade na maior parte do tempo para o piloto que filmamos em 2007. então nós saímos juntos por um tempo e conversamos sobre arrumar um lugar. Nós falamos com o Penn, também, mas ele já tinha filmado em NY antes e estava morando, eu acho, com Milo Ventimiglia. Penn disse, “Não, ms boa sorte. Eu já tô meio cansado da situação de colega de quarto.” Então eu falei com o Ed e foi tipo, “Ei, cara, estou indo pra NY amanhã. Quer ir morar comigo?” E ele [imitando um sotaque britânico], “Tá, por que não?” Então eu dei uma olhada por aí e mandei umas fotos do lugar que eu achei e ele disse [imitando o sotaque britânico], “Tem algum lugar extra para quarto de hóspedes?” E eu falei, “Do que você tá falando?Isso aqui é NY. O que você quer, um quarto pra jogos? Vamos dar um jeito de colocar uma mesa de ping-pong também.” [risadas] Ed não fazia idéia. Mas o apartamento era em um prédio legal, e tinha um deck legal no teto. Nós íamos lá o tempo todo ficar de bobeira com nossos amigos, e era só nosso.

Bollen: Onde é o seu novo apartamento?
Crawford: Estou no “Financial District’.

Bollen: Isso vai ser bom pra você, porque é bem tranquilo lá. Não é o tipo de bairro que tem as ruas apinhadas de adolescentes e todo mundo está prestando atenção.
Crawford: Não, ninguém se importa, ninguém dá a mínima. Não tem nada acontecendo. Eu gosto da paz. E você sabe, tem aqueles comerciantes, banqueiros e caras “finaceiros” andando por lá e aquelas mulheres em ternos—o que eu acho estranhamente atraente.

Bollen: [ri] Sério? Wow. Então sua mãe veio para a cidade pra te ajudar a mudar. Ela é do Texas, certo?
Crawford: Sim, nós somos do grande D.

Bollen: Dallas. Oh, cara. Você é bem próximo dos seus pais?
Crawford: Sim, bem próximo. Eles eram muitos jovens quando eu nasci. Sabe, é uma coisa do sul. eles me tiveram quando eles tinham entre 21 e 22 anos. Meu pai estava indo para a escola de Medicina enquanto minha mãe estava grávida da minha irmã. Então eles ainda são jovens agora. eu falo com o meu pai pelo menos uma vez por dia. eles ainda são meio hippies. Eu levei minha mãe pra sair ontem à noite. Ela disse, “eu quero saber qual é o motivo desse rebuliço todo.”

Bollen: Pra onde você levou ela?
Crawford: Bom, um dos meus amigos trabalha no Butter, então ele disse, “Trás ela pra cá. Leva ela pra ter um jantar legal.” Eu ia lá a séculos, mas ela já conhecia lá, porque já tinha aparecido na nossa série. Ela estava tipo, “Oh, me mostre um daqueles lugares de Gossip Girl!” E eu falei, “Tudo bem, seu eu tenho que fazer isso.” Eu também levei ela a alguns bares que nós normalmente vamos.

Bollen: Bom, eu não posso mais evitar as perguntas sobre Gossip Girl. Obviamente você deve estar muito feliz com o sucesso da série. Então, não seria ótimo se você me contasse alguma coisa chocante sobre você que você nunca contou a ninguém ante?—nem a um amigo muito próximo.
Crawford: [ri] Indo direto ao ponto. Eu amo isso!

Bollen: Ou, se você preferir, só alguma coisa terrível sobre alguém do elenco. Se você puder contar algum segredo muito ruim sobre um deles. . .
Crawford: Sim, sim, sim. Isso é engraçado. Você é a primeira pessoa que pergunta esse tipo de coisa em uma entrevista. É estranho. [risadas!]

Bollen: Eu aposto. Mas sério, é bem estranho vir pra NY e em questão de meses se ver sendo considerado um dos novos símbolos da cidade. Você acha que a atenção é mais extrema aqui?
Crawford: Sim e não. Quando nós gravamos na rua, absolutamente. Você sabe, um dia antes de começar a gravar a temporada nova, eu tinha acabado de completar um filme independente chamado Twelve que era gravado em NY. E ficou ótimo. Eu fiquei meio que mimado por que eu estava diferente do que eu apreço na série. eu perdi peso. eu estava pálido e mal-vestido. Ninguém nem me reconheceu. Era uma situação muito mais tranquila e reservada quando Joel Schumacher estava no comando. Não tinha nenhuma cena imensa e difícil do lado de fora. Era mais improvisação—só vai e faz. Então eu voltei para Gossip Girl na segunda, e eu estava tão estressado no primeiro dia. Teve essa primeira cena do episódio em uma locação, e foi o triplo do estrago. É claro, ia diminuir um pouco em algumas semanas, mas lá estavam os paparazzi vonado como vespas, completamente desrespeitosos.

Bollen:Eu não sei como você consegue atuar nessas cenas do lado de fora, fingindo um momento com emoção quando tem um milhão de pessoas acenando do outro lado.
Crawford: É engraçado. Sempre tem aquelas cenas de andar e conversar em Gossip Girl onde você está andando e só conversando sobre vida e morte. Você está tendo uma conversa séria, olhando nos olhos de alguém, mas todo mundo à sua volta, está literalmente em um circo. Às vezes eu sento e começo a rir. Mas isso definitivamente drena as suas energias e o seu foco. Eu vim tão mentalmente exausto, especialmente depois de ter gravado Twelve, onde eu estava incógnito. Todo mundo em Twelve tinha o mesmo trailer pequeno. Então foi realmente uma experiência diferente. Era muito mais fácil se concentrar. Mas voltar para Gossip Girl é como o colegial, também, em um sentido. Você revê todas essas pessoas que você conhece do ano passado.


Bollen: Você acha que todos do elenco lidaram bem com o sucesso? Quero dizer, tem alguém pensando, Whoa, eu não assinei pra me tornar a fantasia de todo adolescente americano, isso é muito louco?
Crawford: A declaração gerlaé que todos lidaram com isso de forma fenomenal. Mas só é preciso uma pessoa pra meio que ligar o interruptor e fazer o lugar tenso, um ambiente tóxico. E eu citaria exemplos específicos de outras séries do passado, mas eu não era parte deles, então eu não sei exatamente.

Bollen: Você quer dizer como ter Shannen Doherty–90210 em um elenco e ter essa situação nas mãos.
Crawford: Bom, eu era super novo pra tudo isso, mas é exatamente. Você ouve histórias sobre isso. Mas é engraçado porque todos querem saber o que acontece nos sets. Não tem nada chocante pra escrever sobre isso, então as revistas querem agitar as coisas. como “Blake e Leighton se odeiam.” Mas a verdade é que, quando nós terminamos o trabalho, é tipo, “Hey, o que você tá fazendo? Vamos procurar um karaoke.” O fator publicidade é ultrajante. Eles só querem te derrubar. Então isso definitivamente pode te desgastar. Uma idéia sobre você é criada, e você não tem controle nenhum sobre isso. Mas você aprende a se adaptar. Mas você também pensa, f. você, você não me conhece. É exatamente o que você está dizendo sobre se tornar uma fantasia. Às vezes você pensa, eu só queria me expressar e ser desafiado. Eu não assinei pra ser o cara novo. Mas é uma faca de dois gumes, e certamente não é um fator constante. Mesmo que esse sentimento te assuste um pouco às vezes, quem gosta de um chorão? Eu não vou me sentar e reclamar disso, porque você não pode. 

Bollen: então ninguém está exigindo ter o cabelo lavado com água Perrier como Shannen Doherty fez?
Crawford: sim, exatamente! [risadas] Foi isso que ela fez mesmo?

Bollen: Eu ouvi isso. Não sei. Isso pode até nem ser verdade, mas eu me lembro quando eu era criança e assistia a série e ouvindo essas coisas e pensando, Jesus.
Crawford: Bom, eu exijo Evian. Mas tudo bem.

Bollen: Você tem uma certa vela branca aromática que tem que ser acesa no seu trailer toda vez, certo? E o trailer tem que estar a exatos “72 degrees”.
Crawford: Exatamente. Eu também tenho que ser carregado pelo meu segurança, nos braços.

Bollen: Certo. E alguns fãs não sabem que durante aquelas cenas de conversar e andar em Gossip Girl, você está na verdade andando sobre pessoas.
Crawford: Eles estão sempre em quatro. Eles fazem parecer muito natural, e eles fazem um trabalho tão bom que normalmente eu dou umas gorjetas. 

Bollen: Você não ter os pés tocando no cimento de NY. Não seria bom pra você.
Crawford: É realmente tóxico. Quero dizer, quem quer tocar aquilo? 

Bollen: [risadas] Mas deve ser difícil, no geral, viver em uma cidade onde você não pode ter uma vida completamente livre. Fico feliz em saber que você encontrou uma maneira de fazer NY sua.
Crawford: Eu amo isso aqui, pra ser honesto. Eu estava conversando com uma pessoa outro dia. eles estavam tipo, “Você nem pode planejar viagens, pode?” e eu disse, “Quer saber? Não, eu não posso. Porque eu não sei nossos horários pra daqui a uma semana. Você tem esses diazinhos de folga, mas não te deixam ir mesmo—você só tem que esfriar a cabeça. é meio que uma parada, mas tem lugar melhor pra ficar de folga? NY é um enorme playground. eu tenho uma bicicleta, eu gosto muito de só estar do lado de fora. Especialmente no verão. Os invernos até podiam me desanimar, quero dizer, eu sou um cara do sul, então gosto da umidade do ar. Pode ficar bem seco aqui, ms olha, eu vou fazer 24 anos em dois dias. estou solteiro, e amo isso.

Bollen: Olha, eu não sinto pena de você. Você é famoso, jovem, e solteiro em NY. Você está se saindo muito bem.
Crawford: [risadas] Nada mal.

Bollen: Na série, você todos finalmente se formaram na escola, o que ótimo porque eu estava preocupado que vocês fizessem 30 anos e continuassemt terminando uns com os outros em mesas de refeitório. Como a série vai ser agora? Vai seguir para os anos de faculdade?
Crawford: E depois para faculdade de Medicina. . .

Bollen: E depois vai ser como aquela série Golden Girls, onde você vão estar todos juntos em uma espécie de asilo.
Crawford: [risos] Oh, nós meio que vamos para faculdades perto uns dos outros! Não, é ótimo. Quero dizer, se nós estivéssemos no colégio por mais um ano, ia ficar meio estranho. Todo mundo está muito feliz com isso porque abre portas para um novo material. E eu queimei aqule uniforme de colégio particular — foi ótimo. Todos nós queimamos eles.

Bollen: Sério?
Crawford: Não, eu tô brincando! Mas essa foi umas das coisas que mais nos deixou feliz — nós não temos mais que usar aqueles uniformes! Mas as histórias da séries já se tornaram mais maduras do que quando era no colégio. Então agora é tipo, Ok, vamos mudar um pouco e começar com algumas histórias mais legais, mais maduras.

Bollen: Seu personagem vai para a Columbia. Mas na realidade foi frequentou a Pepperdine, em Malibu.
Crawford: Por mais ou menos um ano e meio. Foi uma beleza. É meio difícil de imaginar que tem uma faculdade de verdade lá na beirada da praia. 

Bollen: Ou que alguém vai às aulas.O que você estudava?
Crawford: Eu fazia jornalismo. Eu adorava todas as aulas, eu só fiquei ansioso porque eu percebi que você cresce no colégio tentando tirar boas notas no SAT pra poder entrar em uma boa faculdade ou então você está fora. Eu não tinha uma carreira planejada então eu troquei para Economia e não gostei. eu fiquei nervoso, tipo, se eu relamente vou sossegar e estudar alguma coisa, é melhor fazer alguma coisa que eu ame. E meus pais me viram entrar em pânico. Eles disseram, “Escuta, tire um semestre de folga.” E eu, “Ok, Eu vou voltar e fazer Economia.” Eu sou bom em matemática, eu testei todas as minhas aulas de matemática, menos a de Economia, você tem que ter notas muito altas. Então, eu estava pensando, eu preciso de um descanso. eu estava morando com uns amigos só estacionando carros em Malibu.

Bollen: Você estava estacionando carros? Isso é demais.
Crawford: Sim, foi um dos melhores empregos que eu já tive. Eu adorava. eu amo carros só pra começar. Era bem na praia perto de alguns restaurantes legais, então eu conseguia uns carros bacanas. Era muito divertido. Então uma amiga meu tentou me fazer encontrar com um agente que produzia comerciais, mas eu disse, não. Eu fiz a coisa de ser modelo um pouco quando eu era mais novo e eu odiei. Mas ela me convenceu a ir.

Bollen: Você já atuou antes? Tantos atores dizem, “Quando eu era criança, eu sabia que queria ser um ator.”
Crawford: “Eu queria ser famoso.”

Bollen: Certo, “eu sabia que estava destinado a ser um ator porque eu interpretava com a minha irmã e nós nos vestíamos e fazíamos peças.” Mas tipo, toda criança faz isso.
Crawford: [risadas] Exatamente. “eu tinha um palco montado pra mim quando eu tinha 4 anos e eu sabia desde então.” Mas sabe o que, eu acho que tive uma vantagem sobre os outros porque eu comecei isso com uma atitude tão cínica - quase realista demais e cética. Algumas boutique pequenas começaram a me mandar pra essas aulas, e eu pensei, Jesus, 90% desse pessoal não são reais. Eu fui a algumas aulas sérias, e foi quando eu comecei a mudar no curso de um ano. Meu pai- ele é o cara mais legal que eu conheço. Era tudo por conta dele, afinal de contas. Eu me lembro de ter voltado a fazer escola em meio período e fiquei frustrado, as aulas eram difíceis, e eu não estava progredindo, tentando fazer essas audições. Finalmente meu pai veio e disse, “Como você está?” e eu disse, “Olha, eu estou fazendo as duas coisas mal-feitas, pai. Tenho que ser honesto com você. eu relamente tenho que me dedicar a uma coisa só.” E ele disse, “Bom, então largue a escola.” Eu fiquei tipo, “Espera, como é que é?” Ele disse, “Chace, faça isso, cara, vai lá!” Foi o que pareceu. ele estava confiante. Eu não entendo como as pessoas fazem isso sem algum suporte emocional e moral, sabe? 

Bollen: Porque é preciso muito amor pra falar pra alguém não fazer a coisa mais segura possível, o que é conseguir um diploma de faculdade e depois descobrir o que fazer. É preciso muita confiança e crença em alguém pra dizer “Ok, largue tudo e siga seu sonho.”
Crawford: É, então eu sempre tenho esse feedback e apoio, foi quando finalmente consegui esse papel num suspense sobrenatural, chamado “The Covenant”, em 2006.

Bollen: Espera, uma noite eu não conseguia dormir e liguei a televisão e vi você em seu primeiro papel [Long Lost Son (2006)], onde você era raptado da sua mãe pelo seu pai e levado pra um ilha no Caribe.
Crawford: Oooh, Deus! Você ligou a Tv no canal Lifetime!

Bollen: Não, nem era TV à cabo! Era TV normal.Mas tinha uma trama fantástica.
Crawford: É, homens são diabólicos.

Bollen: Na verdade eu nunca entendi porque o seu pai fingiu que você estava morto pra poder fugir com você pra uma ilha. Ele não gostava da sua mãe?
Crawford: Naquele ponto eu estava pegando qualquer coisa que pudia. Estou pensando, OH Deus. Como eu consegui tornar isso uma coisa “acreditável”? A mulher que eles escolheram pra ser minha mãe tinha tipo uns 36 anos e fumava muito. Ela inda fuma! Ela está em Burn Notice. Seu nome é Gabrielle Anwar, e nós ainda somos amigos. eu pensei, vai parecer que eu estou atraído por ela- como quando ela me encontra, eu não devia saber que ela era minha mãe, sabe?

Bollen: Sei! [risos] Na verdade eu estava esperando pelo momento em que vocês estavam em um barco, juntos em roupa de banho, e ela te pedia pra levar ela a um lugar deserto. Eu ficava pensando, moça, ele tem 16 anos, você devia contar logo pra ele, que ele é seu filho, antes que ele tente te dar uns amassos.
Crawford: Podia ter sido um filme melhor. [risos] Mas sim, é embaraçoso que você tenha visto isso.

Bollen: então, em Twelve, onde você interpreta um traficante de drogas jogado à própria sorte, foi importante pegar um papel diferente como esse do papel de Nate Archibald em Gossip Girl? Quero dizer, você poderia facilmente ter feito carreira interpretando…
Crawford: . . . o rico, do Upper East Side. Absolutamente. Eu gosto do Joel. Ele é um artista. E ele tem uma visão que faz você se sentir confortável. Obviamente, o papel é um risco pra mim - pesoalmente, mas ele me deixou muito confiante quando ele gerava esse clima de energia no set. Joel é o cara.

Bollen: Mas é importante correr riscos com seus papéis porque e fácil ficar preso em um estereótipo.
Crawford: Isso foi o legal de fazer esse ensaio para a Interview. É bom mexer um pouco as coisas. Eu fiz todas essas coisas antes, e eles sempre queriam as mesmas coisas, o mesmo look, e eu pensava, não pode ser só sobre isso. É o mesmo microcosmo pra pegar papéis em filmes. Você tem que ser realista consigo mesmo, em como sua carreira vai ser. Eu olho para os veteranos nesse jogo todo e para as escolhas que eles fizeram. Você precisa saber qual é o seu forte, e o que você pode aguentar fazer, e o que te leva a chegar em um ponto onde o público não acredita no que você está fazendo. Na verdade eu aplico isso para a minha vida pessoal, também. Eu não tenho Twitter ou MySpace ou Facebook. Eu não quero estar lá. Você tem que manter algum controle sobre quem você é. 

Bollen: Seu próximo projeto é o filme Footloose. Você já dançou antes?
Crawford: Eu absolutamente nunca dancei. [risadas]

Bollen: Você está tendo aulas de dança? Eu nem posso imaginar como é chegar lá e fazer aqueles passos sem saber dançar.
Crawford: é como se você estivesse nu em um palco ou alguma coisa assim. Mas você sabe o que eu vou dizer, eu sou confiante porque eu sabia que tinha ritmo—e eu sou atlético. Eu sei que tenho ritmo, eu tenho isso no meu cérebro. E eu aprendo muito rápido. Eu sou melhor fazendo alguma coisa que posso imitar do que quando me ensinam. Então se eu estou trabalhando com um instrutor de dança que tenta explicar as coisas, eu digo, “Apenas faça que eu chego lá.” é assim que temos trabalhado. Eu tenho elas aulas particulares. Tem sido inacreditável.

Bollen: Então é um treinamento bem intenso? Você vai ficar em ótima forma.
Crawford: Eu vou tentar ficar bem. E a minha flexibilidade já dobrou. Sério, é muito esforço, decorar e flexibilidade. Não é só praticar a dança, quero dizer, é muito trabalho de movimento. Tem um pouco de kickboxing, um pouco de Muay Thai. E eu estou aprendendo algumas coisas como breakdancing,

Bollen: bom, o bom de Footloose não é só a dança. Também tem uma mensagem muito bonita. É sobre a luta da juventude contra uma cidade opressiva que não os deixa ter liberdade-especificamente a liberdade que permite que eles se expressem. Essa não é uma mensagem que passa batida não importa quais sejam as sequencias de dança.
Crawford: Sim, estou feliz que você tenha dito isso. As pessoas sempre me perguntam sobre as danças e a música. Mas você sabe que Susannah Grant foi indicada ao Oscar por Erin Brockovich [2000]. Ela fez uma cena. E ela entrou de cabeça naquela bela história. Isso é ummusical, e tem um pouco de canto, mas a mensagem do filme relamente me remete ao meu lar. Porque eu sei sobre as mega igrejas e como elas podem ser uma muralha. Isso definitivamente significa muito pra mim.

quinta-feira, 3 de setembro de 2009